Chegamos no parque, estacionei, descemos do carro, e andamos
pelo parque. O Justin estava contando um pouco sobre ele, sobre a separação dos
pais, sobre ele ter se mudado pra cá por causa do trabalho da mãe dele, sobre
os irmãos.
Sua família deve ser incrível. – sorri, olhando os olhos
dele que brilharam o tempo todo que ele me contava tudo. Estávamos sentados
debaixo de uma arvore, um de frente pro outro.
Eu amo minha família. Ela e incrível, tenho pais
maravilhosos, irmãos maravilhosos, avós maravilhosos. Eu faço tudo por essa
família- ele sorriu e meus olhos se encheram de lagrimas, e me bateu um saudade
da minha família, do meu pai.- Agora me
conte sobre você.
Não tem muito que falar. – abaixei a cabeça.
Eu sei que tem, e tenho o dia inteiro pra te ouvir, pode
começar. – ele sorriu.
Minha família era perfeita, ate que cinco meses atrás meu
pai morreu em um acidente de carro. – senti um nó na garganta, e abaixei a
cabeça. – Eu, ele e minha mãe voltávamos de um viagem em família, estávamos se
divertindo, ate que veio um carro desgovernado e pego em cheio o lado do meu
pai, ele morreu na hora e eu fiquei em estado grave e por sorte minha mãe só
quebro o braço e teve alguns arranhões, naquele momento a minha família se
destruiu, nunca mais seria a mesma, meu pai não merecia isso, era um bom homem,
eu sinto saudades dele, ele era o bobo da corte, dava tudo do bom e do melhor
pra mim e pra minha mãe, luto pra conseguir fazer com que a Mokai chegasse onde
ela está. Ele era incrível. – disse chorando e a voz meio falha.
E o que o Jay tem haver com isso? – ele disse confuso.
Ele que estava no carro que bateu no meu pai, e disse que
pra não se sentir tão culpado por duas mortes ele doou o sangue dele pra mim,
porque eu estava entre a vida e a morte. E isso mudo minha vida por completo. –
as lagrimas caiam sem parar do meu rosto. – O Jay mato meu pai, porque ele é um
monstro.
Mas ele tinha motivos pra isso? – ele disse secando lagrimas
que saiam no meu rosto.
Não, agente nunca se deu bem e ano passado as coisas só pioraram.
Eu descobri um segredo dele e ele começo a me ameaçar durante seis meses depois
paro e cinco meses atrás ele fez isso com meu pai. - abaixei a cabeça e chorei
mais ainda, eu já estava soluçando. O Justin me abraçou forte, e seco minhas
lagrimas.
Olha pra mim, minha princesa. – ele levanto meu rosto. – Se
acalma, você é forte, você é uma guerreira. Tudo vai ficar bem, o pior já
passou. Acho que seu pai não gostaria de te ver assim, aposto que ele queria te
ver com um sorrisão no rosto, relembrando os momentos felizes de vocês. Eu sei
que é difícil, mas se aconteceu é porque tinha que acontecer, você não podia
fazer nada, a culpa não é sua, se acalme por favor. – ele me abraço, me
tranquilizando, passando a mão no meu cabelo, respirei fundo, e ele seco minhas
lagrimas. – Se acalmo?
Sim, obrigada por estar comigo. – sorri e dei um beijo nele.
Ele sento encostado na arvore e eu sentei no meio das pernas
dele, e ele brincava com o meu cabelo e eu fitava o nada mexendo na mão dele.
Posso te fazer uma pergunta? – ele disse colocando meu
cabelo pra trás.
Pode. – disse tirando minha concentração do nada e olhando a
mão dele segurando a minha.
Você é virgem? – ele disse passando a mão no meu cabelo.
Não e você? – disse brincando com a mão dele.
Também não. Perdeu com quem? – ele disse me virando fazendo
eu ficar de lado no colo dele.
Com o Patrick, meu ex-namorado. – disse abaixando a cabeça.
Vocês já namoraram? – ele disse surpreso.
Já, durante três anos. E você perdeu com quem? – disse olhando
ele.
Com uma ex-namorada. – ele pego minha mão e seguro ela. –
Porque você é o Patrick terminaram?
Não querendo ser grossa mas eu não quero falar sobre isso. –
mordi o canto do lábio. – E você terminou com a garota por que?
Agente começo a briga muito, isso desgasto o namoro, e
comecei a gostar menos dela. – ele disse fitando o chão.
Você não sente mais nada por ela?- senti um nó na garganta
com medo da resposta
Não, nada. Deixei de gostar dela ano passado quando ela
resolveu ir embora daqui e sumir do mapa.
Por que ela foi embora?
Não sei, no começo do ano passado ela e os pais dela foram
embora e ninguém sabe o motivo, ela tinha mudado também. – ele deu de ombro.-
Mas então o Patrick foi seu primeiro namorado sério?
Foi, ele foi o primeiro a ir pedir permissão pros meus pais
pra namorar comigo. – sorri.
Eu nunca cheguei a pedir permissão pra namorar com a Danielle...
– então esse era o nome dela? Danielle! – Os pais dela nunca gostaram de mim,
quando descobriram ate proibiram nosso namoro, mas depois de muito a Danielle
insistir eles deixaram, mas não aprovaram.
Por que eles não gostavam de você?
Uma dia eu sai escondido de madrugada encontra os meninos
pra bebermos, e a policia estava fazendo a ronda e encontraram agente, e por
sermos de menor eles iam levar agente pra casa, só que eu acabei discutindo com
os dois policiais, eles iam me levar pra delegacia, só que decidiram só levar
agente pra casa, eles levaram agente e falaram com as nossas mães que ficaram
uma fera. A única coisa que eu não fazia ideia era que o policial que eu
briguei era o pai da Danielle. – ele riu
Aprontando desde sempre né Justin. –ri
Vai me dizer que você não aprontava também? – ele semicerro
o olho
Eu também, minha mãe sempre foi durona e sempre me deixava
de castigo. Mas na metade do castigo ela me tirava por que não aguentava eu
reclamando. – rimos.
Meu pai falava um monte mais nunca encosto um dedo em mim,
nem minha mãe. Só ficava de castigo por que
a minha mãe mandava, porque eu sempre conseguia tudo que queria do meu
pai.
Então você é filhinha de papai e mamãe? – ele sorriu
arqueando uma sobrancelha.
Talvez. Minha mãe era mais durona, agora quando o assunto
era meu pai eu conseguia tudo que queria. – sorri malandra.
Meus pais sempre pegaram no meu pé, mas também sempre tinha
tudo que queria. – ele me puxo pra perto dele.
Filhinho de papai e mamãe também. – arqueie uma sobrancelha.
Talvez. Você aprontava muito na Mokai?
Um pouco, já me meti em umas duas brigas com umas garotas
que eu não gostava. Já levei bebida alcoólica, já coloquei musica com putaria,
coloquei alguns dançarinos profissionais pra dançarem na boate. Deixei meu pai
louco lá. – ri lembrando de tudo que tinha aprontado com a Fernanda lá.
Ficamos conversando sobre o que já tínhamos aprontado e
fomos andar pelo parque. O parque estava mais cheio do que da hora que
chegamos. Tinhas casais, grupinhos de adolescentes, tinha homens e mulheres
correndo, andando de bicicleta, fazendo ginastica em alguns aparelhos, tinha
famílias, crianças brincando no parque, adolescentes andando de skate, de long,
de patins. De todas os estilos. Eu e o Justin nos divertimos muito, comemos
pipoca, corremos, andamos com o skate de dois meninos que o Justin pediu
emprestado, e andei de cavalinho nele.
Ai Justin tá doendo. – eu disse sem ar com ele me prensando
contra a arvore.
Minhas costas tá doendo e eu estou cansado. – ele disse me
prensando um pouco mais na arvore e com a respiração ofegante.
Você é muito mole Bieber. – disse tirando minhas pernas da
cintura dele.
E você é muito gorda. – ele disse ficando de frente pra mim.
Que mentira, que eu estou no meu peso certo. – mostrei a língua
para ele e senti alguma coisa perfurando minhas costas. – Ai esta doendo. -
disse desencostando da arvore e virei de costas pro Justin que tiro um
pedacinho do tronco da arvores das minhas costas.
Era só um pedaço de tronco. – ele disse me mostrando o
pedaço de tronco e passei as mãos nas minhas costas e quando olhei pro meu dedo
saiu um pouco de sangue.
Machuco. – mostrei o dedo pra ele e fiz biquinho.
Tadinha de você, vem aqui. – ele me prenso na arvore e me
beijo. Ele paro de me beijar e a barriga dele fez barulho. – Estou com fome. –
ele coloco a mão na barriga
Vamos ir comer então. – afastei ele arrumando minha bolsa no
ombro
Peguei na mão dele e fomo ate o carro, entramos e dei
partida no carro, estava fazendo um caminho diferente do que tínhamos feito pra
ir. Achei um Mc e estacionei, descemos do carro e caminhamos ate o Mc. O Justin
foi em direção da fila e eu fui ir me sentar quando ele me puxo.
Onde você vai? – ele colo nossos corpos.
Vou ir me sentar. – disse abraçando a cintura dele
Fica comigo na fila? – ele fez cara de cachorro sem dono
Não gosto de ficar em filas. E só você vai compra. – disse
passando a mão na nuca dele.
É chato eu vim pra cá com você e você ir se sentar em vez de
ficar na fila comigo. – ele me deu um selinho.
Tá eu vou ficar, mas antes preciso ir no banheiro. –
caminhamos ate o final da fila.
Vai rapidinho ta? – ele me beijo.
Já volto. – disse indo em direção ao banheiro.
Entrei em uma cabine, e tirei da minha bolsa outra bolsa de
sangue. Tomei tudo, peguei um espelho e vi se não estava suja de sangue. Sai do
banheiro e fui na pia, sentia o gosto de sangue na minha boca, peguei um pouco
de água com as mãos e lavei minha boca, cuspi a água na pia, sequei as mãos e
voltei pra fila com o Justin. Estava de cabeça baixa respondendo a sms da
Fernanda e quando olhei pra fila novamente tinha duas pessoas atrás do Justin e
a terceira era a Alice e a Ellie, respirei fundo e andei ate o Justin, ele me
abraço por trás, tinha duas pessoas na frente dele. Na vez dele eu fui pra fila
de pegar os pedidos e enquanto ele fazia os pedidos. A Alice e a Ellie ficaram
do meu lado e ficavam me encarando, eu respirei fundo pra não sugar o sangue
delas ate eles morrerem. O Justin veio pra fila e me abraço por trás, e olho
pro lado e viu as meninas, elas sorriram e ele apenas assentiu com a cabeça, sem
nenhum sorriso, e depois deu um beijo estalado na minha bochecha, me fazendo
sorrir.
Continua...
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