sábado, 20 de abril de 2013

Capitulo 8° - Saudades.


Chegamos no parque, estacionei, descemos do carro, e andamos pelo parque. O Justin estava contando um pouco sobre ele, sobre a separação dos pais, sobre ele ter se mudado pra cá por causa do trabalho da mãe dele, sobre os irmãos.

Sua família deve ser incrível. – sorri, olhando os olhos dele que brilharam o tempo todo que ele me contava tudo. Estávamos sentados debaixo de uma arvore, um de frente pro outro.
Eu amo minha família. Ela e incrível, tenho pais maravilhosos, irmãos maravilhosos, avós maravilhosos. Eu faço tudo por essa família- ele sorriu e meus olhos se encheram de lagrimas, e me bateu um saudade da minha família, do meu pai.-  Agora me conte sobre você.
Não tem muito que falar. – abaixei a cabeça.
Eu sei que tem, e tenho o dia inteiro pra te ouvir, pode começar. – ele sorriu.
Minha família era perfeita, ate que cinco meses atrás meu pai morreu em um acidente de carro. – senti um nó na garganta, e abaixei a cabeça. – Eu, ele e minha mãe voltávamos de um viagem em família, estávamos se divertindo, ate que veio um carro desgovernado e pego em cheio o lado do meu pai, ele morreu na hora e eu fiquei em estado grave e por sorte minha mãe só quebro o braço e teve alguns arranhões, naquele momento a minha família se destruiu, nunca mais seria a mesma, meu pai não merecia isso, era um bom homem, eu sinto saudades dele, ele era o bobo da corte, dava tudo do bom e do melhor pra mim e pra minha mãe, luto pra conseguir fazer com que a Mokai chegasse onde ela está. Ele era incrível. – disse chorando e a voz meio falha.
E o que o Jay tem haver com isso? – ele disse confuso.
Ele que estava no carro que bateu no meu pai, e disse que pra não se sentir tão culpado por duas mortes ele doou o sangue dele pra mim, porque eu estava entre a vida e a morte. E isso mudo minha vida por completo. – as lagrimas caiam sem parar do meu rosto. – O Jay mato meu pai, porque ele é um monstro.
Mas ele tinha motivos pra isso? – ele disse secando lagrimas que saiam no meu rosto.
Não, agente nunca se deu bem e ano passado as coisas só pioraram. Eu descobri um segredo dele e ele começo a me ameaçar durante seis meses depois paro e cinco meses atrás ele fez isso com meu pai. - abaixei a cabeça e chorei mais ainda, eu já estava soluçando. O Justin me abraçou forte, e seco minhas lagrimas.
Olha pra mim, minha princesa. – ele levanto meu rosto. – Se acalma, você é forte, você é uma guerreira. Tudo vai ficar bem, o pior já passou. Acho que seu pai não gostaria de te ver assim, aposto que ele queria te ver com um sorrisão no rosto, relembrando os momentos felizes de vocês. Eu sei que é difícil, mas se aconteceu é porque tinha que acontecer, você não podia fazer nada, a culpa não é sua, se acalme por favor. – ele me abraço, me tranquilizando, passando a mão no meu cabelo, respirei fundo, e ele seco minhas lagrimas. – Se acalmo?
Sim, obrigada por estar comigo. – sorri e dei um beijo nele.
Ele sento encostado na arvore e eu sentei no meio das pernas dele, e ele brincava com o meu cabelo e eu fitava o nada mexendo na mão dele.
Posso te fazer uma pergunta? – ele disse colocando meu cabelo pra trás.
Pode. – disse tirando minha concentração do nada e olhando a mão dele segurando a minha.
Você é virgem? – ele disse passando a mão no meu cabelo.
Não e você? – disse brincando com a mão dele.
Também não. Perdeu com quem? – ele disse me virando fazendo eu ficar de lado no colo dele.
Com o Patrick, meu ex-namorado. – disse abaixando a cabeça.
Vocês já namoraram? – ele disse surpreso.
Já, durante três anos. E você perdeu com quem? – disse olhando ele.
Com uma ex-namorada. – ele pego minha mão e seguro ela. – Porque você é o Patrick terminaram?
Não querendo ser grossa mas eu não quero falar sobre isso. – mordi o canto do lábio. – E você terminou com a garota por que?
Agente começo a briga muito, isso desgasto o namoro, e comecei a gostar menos dela. – ele disse fitando o chão.
Você não sente mais nada por ela?- senti um nó na garganta com medo da resposta
Não, nada. Deixei de gostar dela ano passado quando ela resolveu ir embora daqui e sumir do mapa.
Por que ela foi embora?
Não sei, no começo do ano passado ela e os pais dela foram embora e ninguém sabe o motivo, ela tinha mudado também. – ele deu de ombro.- Mas então o Patrick foi seu primeiro namorado sério?
Foi, ele foi o primeiro a ir pedir permissão pros meus pais pra namorar comigo. – sorri.
Eu nunca cheguei a pedir permissão pra namorar com a Danielle... – então esse era o nome dela? Danielle! – Os pais dela nunca gostaram de mim, quando descobriram ate proibiram nosso namoro, mas depois de muito a Danielle insistir eles deixaram, mas não aprovaram.
Por que eles não gostavam de você?
Uma dia eu sai escondido de madrugada encontra os meninos pra bebermos, e a policia estava fazendo a ronda e encontraram agente, e por sermos de menor eles iam levar agente pra casa, só que eu acabei discutindo com os dois policiais, eles iam me levar pra delegacia, só que decidiram só levar agente pra casa, eles levaram agente e falaram com as nossas mães que ficaram uma fera. A única coisa que eu não fazia ideia era que o policial que eu briguei era o pai da Danielle. – ele riu
Aprontando desde sempre né Justin. –ri
Vai me dizer que você não aprontava também? – ele semicerro o olho
 Pior que aprontava. – ri. – Eu deixava meus pais loucos. Já ouvi um monte por causa de bagunças minhas.
Eu também, minha mãe sempre foi durona e sempre me deixava de castigo. Mas na metade do castigo ela me tirava por que não aguentava eu reclamando. – rimos.
Meu pai falava um monte mais nunca encosto um dedo em mim, nem minha mãe. Só ficava de castigo por que  a minha mãe mandava, porque eu sempre conseguia tudo que queria do meu pai.
Então você é filhinha de papai e mamãe? – ele sorriu arqueando uma sobrancelha.
Talvez. Minha mãe era mais durona, agora quando o assunto era meu pai eu conseguia tudo que queria. – sorri malandra.
Meus pais sempre pegaram no meu pé, mas também sempre tinha tudo que queria. – ele me puxo pra perto dele.
Filhinho de papai e mamãe também. – arqueie uma sobrancelha.
Talvez. Você aprontava muito na Mokai?
Um pouco, já me meti em umas duas brigas com umas garotas que eu não gostava. Já levei bebida alcoólica, já coloquei musica com putaria, coloquei alguns dançarinos profissionais pra dançarem na boate. Deixei meu pai louco lá. – ri lembrando de tudo que tinha aprontado com a Fernanda lá.

Ficamos conversando sobre o que já tínhamos aprontado e fomos andar pelo parque. O parque estava mais cheio do que da hora que chegamos. Tinhas casais, grupinhos de adolescentes, tinha homens e mulheres correndo, andando de bicicleta, fazendo ginastica em alguns aparelhos, tinha famílias, crianças brincando no parque, adolescentes andando de skate, de long, de patins. De todas os estilos. Eu e o Justin nos divertimos muito, comemos pipoca, corremos, andamos com o skate de dois meninos que o Justin pediu emprestado, e andei de cavalinho nele.

Ai Justin tá doendo. – eu disse sem ar com ele me prensando contra a arvore.
Minhas costas tá doendo e eu estou cansado. – ele disse me prensando um pouco mais na arvore e com a respiração ofegante.
Você é muito mole Bieber. – disse tirando minhas pernas da cintura dele.
E você é muito gorda. – ele disse ficando de frente pra mim.
Que mentira, que eu estou no meu peso certo. – mostrei a língua para ele e senti alguma coisa perfurando minhas costas. – Ai esta doendo. - disse desencostando da arvore e virei de costas pro Justin que tiro um pedacinho do tronco da arvores das minhas costas.
Era só um pedaço de tronco. – ele disse me mostrando o pedaço de tronco e passei as mãos nas minhas costas e quando olhei pro meu dedo saiu um pouco de sangue.
Machuco. – mostrei o dedo pra ele e fiz biquinho.
Tadinha de você, vem aqui. – ele me prenso na arvore e me beijo. Ele paro de me beijar e a barriga dele fez barulho. – Estou com fome. – ele coloco a mão na barriga
Vamos ir comer então. – afastei ele arrumando minha bolsa no ombro

Peguei na mão dele e fomo ate o carro, entramos e dei partida no carro, estava fazendo um caminho diferente do que tínhamos feito pra ir. Achei um Mc e estacionei, descemos do carro e caminhamos ate o Mc. O Justin foi em direção da fila e eu fui ir me sentar quando ele me puxo.

Onde você vai? – ele colo nossos corpos.
Vou ir me sentar. – disse abraçando a cintura dele
Fica comigo na fila? – ele fez cara de cachorro sem dono
Não gosto de ficar em filas. E só você vai compra. – disse passando a mão na nuca dele.
É chato eu vim pra cá com você e você ir se sentar em vez de ficar na fila comigo. – ele me deu um selinho.
Tá eu vou ficar, mas antes preciso ir no banheiro. – caminhamos ate o final da fila.
Vai rapidinho ta? – ele me beijo.
Já volto. – disse indo em direção ao banheiro.

Entrei em uma cabine, e tirei da minha bolsa outra bolsa de sangue. Tomei tudo, peguei um espelho e vi se não estava suja de sangue. Sai do banheiro e fui na pia, sentia o gosto de sangue na minha boca, peguei um pouco de água com as mãos e lavei minha boca, cuspi a água na pia, sequei as mãos e voltei pra fila com o Justin. Estava de cabeça baixa respondendo a sms da Fernanda e quando olhei pra fila novamente tinha duas pessoas atrás do Justin e a terceira era a Alice e a Ellie, respirei fundo e andei ate o Justin, ele me abraço por trás, tinha duas pessoas na frente dele. Na vez dele eu fui pra fila de pegar os pedidos e enquanto ele fazia os pedidos. A Alice e a Ellie ficaram do meu lado e ficavam me encarando, eu respirei fundo pra não sugar o sangue delas ate eles morrerem. O Justin veio pra fila e me abraço por trás, e olho pro lado e viu as meninas, elas sorriram e ele apenas assentiu com a cabeça, sem nenhum sorriso, e depois deu um beijo estalado na minha bochecha, me fazendo sorrir.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário