quarta-feira, 24 de abril de 2013

Capitulo 10° - Medo e insegurança.


Ele estava surpreso, assustado, não passava pela cabeça dele que um dia a namorada dele iria virar uma vampira. – ele disse se ajeitando no sofá.
Eu também não esperava virar uma vampira. Eu também não esperava que o meu melhor amigo fosse um vampiro, ele também não esperava, e nem por isso te abandono, agora eu que além dessa mudança perdi meu pai ele me abandonou, tudo que eu precisava era dele e de vocês do meu lado. Eu sofri, queria morrer, desejei estar no lugar do meu pai, ele era inocente, nada disso teria acontecido se não fosse por mim, eu sou a culpada de tudo. – disse em prantos.
 Você não tem culpa do meu irmão ser assim, ele faz as coisas sem pensar, é louco. E o Patrick já desconfiava que eu era vampiro, você foi totalmente de surpresa pra todo mundo. – ele disse secando minhas lagrimas. – Mas acredite ele está muito arrependido, por tudo. Ele falo que se pudesse voltaria ao tempo e mudaria tudo.
Uma pena ele não poder. Agora não adianta mais nada também, e além de tudo uma semana depois de tudo eu fico sabendo que ele saiu, bebeu a noite toda, dormiu fora, chego em casa só no outro dia de tarde e foi pra cama com uma vadia da balada, e eu estava aonde? Em casa, querendo me suicidar, desejando ele do meu lado, pra me sentir melhor. Todo mundo ia me ver, mas é ele? Nem pra me ligar perguntando como eu estava, nem pra pergunta se eu já tinha morrido, nada, ele não se importo comigo, mas agora é tarde. – disse secando as lagrimas.
Ele fez isso porque já estava arrependido de ter terminando tudo com você, ele estava de cabeça cheia e resolveu sair, esclarecer as ideias, ele ia na sua casa no dia seguinte, pra vocês conversarem, mas as coisas saíram do controle dele e deu naquilo tudo. E depois ele fico com medo de ir na sua casa e você brigar com ele.
Ainda bem que não foi, eu estava com vontade de matar ele, fiquei mais duas semanas na cama por causa dele, das besteiras que ele fazia e eu ficava sabendo. Ele entro pras drogas, saia todo dia, abandono os estudos, eu não reconhecia mais ele. Eu não reconheço mais ele. Cadê aquele Patrick que eu namorei? Cadê aquele Patrick que se importava com todos? Cuidava de todos? Que brincava com todos? Aquele Patrick por quem eu me apaixonei e desejava ate o ultimo dia da minha vida? Ele mudo, se perdeu nesse mundo. – disse abraçando o Tom e chorando muito.
Ele está ali dentro em algum lugar, com medo. Ele é um ser humano normal, que tem sentimentos e foram feridos e agora ele guarda tudo pra ele. Ele ainda é o mesmo. Acredite. – ele disse me abraçando e alisando meu cabelo.
Eu também tenho sentimentos. Que agora mais que nunca são intensos. – disse encostando a cabeça no ombro do Tom.
Vai ficar tudo bem. – ele passo a mão na minha cabeça. – Agora vamos falar de coisa boa. É você e o Justin? Namorando, ficando, o que rola?
Ficando. – sorri.
Tá apaixonadinha é? – ele sorriu
Não, eu gosto dele, ele me faz um bem enorme. Me sinto segura ao lado dele, nos braços dele, não sei explicar, mas é bom o que eu sinto, eu confio nele, e sei que ele confia em mim. Só de pensar no sorriso dele. – sorri. – lembrar daqueles olhos me olhando, aquelas mãos me tocando, aqueles braços em volta de mim me abraçando, aqueles lábios no meu, me dar um friozinho na barriga e... – olhei pro Tom sorrindo.
Eu fico feliz por ver que você acho uma pessoa que te faça feliz. Espero que você tenha achado o cara certo pra você. E se ele te machucar eu arrebento ele. – rimos e ele me abraço. – Eu te amo minha pequena.
Eu também te amo meu lindo.. – ele beijo o alto da minha cabeça. –
Vamos fazer o que agora? – ele disse olhando pra TV.
Vamos joga vídeo game. – disse me levantando e ligando o Playstation

Dei um controle pro Tom e um fico comigo, jogamos por quase duas horas e eu ganhei.

Estou cada dia invencível. – disse me jogando no sofá
Eu deixei você ganhar dessa vez só pra não te humilhar. – ele deu de ombro
Você sempre fala isso, não precisa mentir, pode admitir sou melhor que você. – disse encostando minha cabeça no sofá.
 É que esse jogo é muito fácil, vou comprar alguns novos e vamos ver quem realmente é bom. – ele se levanto do sofá e foi pra cozinha.
Vamos ver então. – disse olhando o teto.

Ficamos conversando, e estava ficando tarde e fui pra casa. Cheguei, abri o portão, estacionei e vi o carro da minha mãe, entrei em casa e nenhum sinal da minha mãe. Fui ate a cozinha chamando ela mais nada, fui no quintal e nada também, fui nas salas e nada, fui pro escritório e a porta estava fechada.

Mãe? – disse encostando minha cabeça na porta pra ouvir melhor e batendo duas vezes na porta.
Oi filha, tó aqui. – escutei a voz da minha mãe vindo lá de dentro.
Está fazendo o que ai? – disse com o ouvido mais perto da porta.
Estou tendo uma conversa com o Scooter.
Tabom, vou subir pro meu quarto, qualquer coisa estou lá.
Tabom filha.

Subi e fui direto pro meu quarto, tomei um banho e depois liguei pra Fernanda e contei pra ela o dia que tive com o Justin. Ela fico surpresa com o que aconteceu no carro e com ele falando que me ama.

É fofo mais eu estou com medo de me entrega á essa paixão. – disse me virando na cama.
Eu sei que você sofreu muito com o Patrick, mas acho que está na hora de você seguir sua vida, e acho que o Justin vai te fazer muito feliz, vai te tratar como merece, pode ser cedo pra dizer isso mas ele pode ser o homem da sua vida. – ela disse e eu escutava com atenção olhando pro teto
Eu não quero sofrer por ninguém mais, ele pode me abandonar também quando eu disser que sou uma vampira, igual o Patrick, apesar de parecer que ele seja mais compreensivo, que nunca irá fazer isso, mas sempre tenho um pé atrás quanto á isso. – disse escutando alguém me chamar no facebook.
Deixa rolar, não fala nada agora, tenha mais  confiança nele, quando se sentir totalmente segura você conta, mas não se entregue totalmente, tenha em mente que é provável que ele mude, ou algo aconteça, mas é provável também que ele não faça nada disso.
Estou com medo. – disse me encolhendo na cama.

Mudamos de assunto é ela começo a falar do Ryan. E ela também estava insegura com ser a ficante dele e ele pode ter outras, ficar com outras. Conversamos sobre isso e mais algumas coisas e depois fomos dormi. Acordei no outro dia com meu celular tocando, tateei a cama a procura dele e peguei ele e nem vi quem era, já atendi.

Alô? – disse com a voz falha por ter acabado de acordar.
Caralho você ainda estava dormindo vadia, levanta dessa cama agora. Daqui a pouco a gente tem que ir pra escola dos meninos. – A Fernanda disse irritada.
A gente? – disse confusa
É, eu vou com você. Agora levanta, vai se arrumar, quero você aqui em casa meio dia em ponto. – ela disse mandona.
Tabom, tchau. – desliguei o celular na cara dela.

Larguei o celular na cama, fechei o olho e cochilei por mais dez minutos, me espreguicei e levantei da cama devagar. Fui ao banheiro, tomei banho, fui pro closet e me troquei, coloquei uma legging preta, uma t-shirt branca e um tênis e deixei meu cabelo solto. Arrumei minha bolsa e desci, fui pra cozinha e minha mãe estava terminando de comer, dei um beijo nela.

Bom dia minha filha linda. – ela sorriu.
Bom dia minha mãe maravilhosa. – sorri.
Dormiu bem? – ela disse cortando um pedaço de bolo.
Sim e você? – disse me sentando numa cadeira ao lado da dela.
Dormi. Vai sair? – ela disse olhando minha roupa.
Vou, eu vou com a Fernanda na escola do Justin e do Ryan e depois eu vou no treino da Nanda com o Tom. – disse mexendo no cabelo.
Toma cuidado lá. - ele disse terminando de comer. – Eu vou dar uma saidinha com uma amiga, vou chegar tarde. Mas eu quero você em casa cedo, ta bom? – ele disse se levantando e colocando o copo na pia. – A Elisabeth vai vim aqui em casa hoje limpar. – ela disse arrumando a mesa.
Que horas? Ela vai ficar sozinha então. – disse ajudando ela arrumar a mesa. – Ou você liga pra ela e fala pra ela vim outro dia que alguém esteja em casa.
Vou ver o que eu faço. – ela disse encostando no balcão.
Ta bom. – disse indo pro porão e pegando duas bolsas de sangue. Abri uma e comecei a tomar e a outra guardei na bolsa. Minha mãe me olho quando entrei na cozinha com a bolsa de sangue na boca tomando, ela não aceitava ainda.
Eu já vou indo, não se esquece de estar em casa cedo, nada de ficar ate tarde na rua e cuidado nesse treinamento. – ela caminho na minha direção, me deu um beijo na testa.
Tabom, cuidado você também, na hora de vim embora de noite dirigindo. – dei um beijo nela.
Eu te amo filha.- ela sorriu.
Eu também te amo mãe. – sorri e ela saiu de casa.

Olhei pro relógio e faltavam 5min pra 12hrs. Terminei de tomar o sangue e joguei fora o saquinho. Peguei a chave do carro, fechei a casa e fui pra casa da Fernanda, buzinei e em segundos ela saiu da casa dela.

Oi vadia. –ela disse entrando no carro, jogando a bolsa no chão e colocando o cinto.
Oi vaca. – disse olhando o retrovisor vendo se vinha algum carro.
Você para no Starbucks ta? – ela disse mexendo no celular.
Não tomou café? – disse prestando atenção no transito.
Não, não deu tempo. – bufei.
A gente vai se atrasar. Quero estar lá 12:30 em ponto Fernanda.
Relaxa, e só você pisar fundo no acelerador.
Depois dou as multas pra você pagar.
E eu pago com que dinheiro depois caralho?
Vai na esquina de noite. – disse segurando a risada.
Vai se fuider Caroline e anda mais rápido então se não quer se atrasar.

Conversamos durante o caminho, passamos no Starbucks.

Agora vou meter marcha, falta cinco minutos pro portão abrir. – disse saindo do drive-thru
Mas eu estou comendo. – Fernanda disse colocando o copo perto do freio de mão naqueles lugares onde coloca o copo.
Dá seu jeito. – disse pisando fundo no acelerador  depois do farol abrir.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário