Ele estava surpreso, assustado, não passava pela cabeça dele
que um dia a namorada dele iria virar uma vampira. – ele disse se ajeitando no
sofá.
Eu também não esperava virar uma vampira. Eu também não
esperava que o meu melhor amigo fosse um vampiro, ele também não esperava, e
nem por isso te abandono, agora eu que além dessa mudança perdi meu pai ele me
abandonou, tudo que eu precisava era dele e de vocês do meu lado. Eu sofri,
queria morrer, desejei estar no lugar do meu pai, ele era inocente, nada disso
teria acontecido se não fosse por mim, eu sou a culpada de tudo. – disse em
prantos.
Você não tem culpa do
meu irmão ser assim, ele faz as coisas sem pensar, é louco. E o Patrick já
desconfiava que eu era vampiro, você foi totalmente de surpresa pra todo mundo.
– ele disse secando minhas lagrimas. – Mas acredite ele está muito arrependido,
por tudo. Ele falo que se pudesse voltaria ao tempo e mudaria tudo.
Uma pena ele não poder. Agora não adianta mais nada também,
e além de tudo uma semana depois de tudo eu fico sabendo que ele saiu, bebeu a
noite toda, dormiu fora, chego em casa só no outro dia de tarde e foi pra cama
com uma vadia da balada, e eu estava aonde? Em casa, querendo me suicidar,
desejando ele do meu lado, pra me sentir melhor. Todo mundo ia me ver, mas é
ele? Nem pra me ligar perguntando como eu estava, nem pra pergunta se eu já
tinha morrido, nada, ele não se importo comigo, mas agora é tarde. – disse
secando as lagrimas.
Ele fez isso porque já estava arrependido de ter terminando
tudo com você, ele estava de cabeça cheia e resolveu sair, esclarecer as
ideias, ele ia na sua casa no dia seguinte, pra vocês conversarem, mas as
coisas saíram do controle dele e deu naquilo tudo. E depois ele fico com medo
de ir na sua casa e você brigar com ele.
Ainda bem que não foi, eu estava com vontade de matar ele,
fiquei mais duas semanas na cama por causa dele, das besteiras que ele fazia e
eu ficava sabendo. Ele entro pras drogas, saia todo dia, abandono os estudos,
eu não reconhecia mais ele. Eu não reconheço mais ele. Cadê aquele Patrick que
eu namorei? Cadê aquele Patrick que se importava com todos? Cuidava de todos?
Que brincava com todos? Aquele Patrick por quem eu me apaixonei e desejava ate
o ultimo dia da minha vida? Ele mudo, se perdeu nesse mundo. – disse abraçando
o Tom e chorando muito.
Ele está ali dentro em algum lugar, com medo. Ele é um ser
humano normal, que tem sentimentos e foram feridos e agora ele guarda tudo pra
ele. Ele ainda é o mesmo. Acredite. – ele disse me abraçando e alisando meu
cabelo.
Eu também tenho sentimentos. Que agora mais que nunca são
intensos. – disse encostando a cabeça no ombro do Tom.
Vai ficar tudo bem. – ele passo a mão na minha cabeça. – Agora
vamos falar de coisa boa. É você e o Justin? Namorando, ficando, o que rola?
Ficando. – sorri.
Tá apaixonadinha é? – ele sorriu
Não, eu gosto dele, ele me faz um bem enorme. Me sinto
segura ao lado dele, nos braços dele, não sei explicar, mas é bom o que eu
sinto, eu confio nele, e sei que ele confia em mim. Só de pensar no sorriso dele.
– sorri. – lembrar daqueles olhos me olhando, aquelas mãos me tocando, aqueles
braços em volta de mim me abraçando, aqueles lábios no meu, me dar um friozinho
na barriga e... – olhei pro Tom sorrindo.
Eu fico feliz por ver que você acho uma pessoa que te faça
feliz. Espero que você tenha achado o cara certo pra você. E se ele te machucar
eu arrebento ele. – rimos e ele me abraço. – Eu te amo minha pequena.
Eu também te amo meu lindo.. – ele beijo o alto da minha
cabeça. –
Vamos fazer o que agora? – ele disse olhando pra TV.
Vamos joga vídeo game. – disse me levantando e ligando o
Playstation
Dei um controle pro Tom e um fico comigo, jogamos por quase
duas horas e eu ganhei.
Estou cada dia invencível. – disse me jogando no sofá
Eu deixei você ganhar dessa vez só pra não te humilhar. –
ele deu de ombro
Você sempre fala isso, não precisa mentir, pode admitir sou
melhor que você. – disse encostando minha cabeça no sofá.
É que esse jogo é
muito fácil, vou comprar alguns novos e vamos ver quem realmente é bom. – ele
se levanto do sofá e foi pra cozinha.
Vamos ver então. – disse olhando o teto.
Ficamos conversando, e estava ficando tarde e fui pra casa.
Cheguei, abri o portão, estacionei e vi o carro da minha mãe, entrei em casa e
nenhum sinal da minha mãe. Fui ate a cozinha chamando ela mais nada, fui no
quintal e nada também, fui nas salas e nada, fui pro escritório e a porta
estava fechada.
Mãe? – disse encostando minha cabeça na porta pra ouvir
melhor e batendo duas vezes na porta.
Oi filha, tó aqui. – escutei a voz da minha mãe vindo lá de
dentro.
Está fazendo o que ai? – disse com o ouvido mais perto da
porta.
Estou tendo uma conversa com o Scooter.
Tabom, vou subir pro meu quarto, qualquer coisa estou lá.
Tabom filha.
Subi e fui direto pro meu quarto, tomei um banho e depois
liguei pra Fernanda e contei pra ela o dia que tive com o Justin. Ela fico
surpresa com o que aconteceu no carro e com ele falando que me ama.
É fofo mais eu estou com medo de me entrega á essa paixão. –
disse me virando na cama.
Eu sei que você sofreu muito com o Patrick, mas acho que
está na hora de você seguir sua vida, e acho que o Justin vai te fazer muito
feliz, vai te tratar como merece, pode ser cedo pra dizer isso mas ele pode ser
o homem da sua vida. – ela disse e eu escutava com atenção olhando pro teto
Eu não quero sofrer por ninguém mais, ele pode me abandonar
também quando eu disser que sou uma vampira, igual o Patrick, apesar de parecer
que ele seja mais compreensivo, que nunca irá fazer isso, mas sempre tenho um
pé atrás quanto á isso. – disse escutando alguém me chamar no facebook.
Deixa rolar, não fala nada agora, tenha mais confiança nele, quando se sentir totalmente
segura você conta, mas não se entregue totalmente, tenha em mente que é provável
que ele mude, ou algo aconteça, mas é provável também que ele não faça nada
disso.
Estou com medo. – disse me encolhendo na cama.
Mudamos de assunto é ela começo a falar do Ryan. E ela
também estava insegura com ser a ficante dele e ele pode ter outras, ficar com
outras. Conversamos sobre isso e mais algumas coisas e depois fomos dormi.
Acordei no outro dia com meu celular tocando, tateei a cama a procura dele e
peguei ele e nem vi quem era, já atendi.
Alô? – disse com a voz
falha por ter acabado de acordar.
Caralho você ainda
estava dormindo vadia, levanta dessa cama agora. Daqui a pouco a gente tem que
ir pra escola dos meninos. – A Fernanda disse irritada.
A gente? – disse
confusa
É, eu vou com você.
Agora levanta, vai se arrumar, quero você aqui em casa meio dia em ponto. – ela
disse mandona.
Tabom, tchau. –
desliguei o celular na cara dela.
Larguei o celular na cama, fechei o olho e cochilei por mais
dez minutos, me espreguicei e levantei da cama devagar. Fui ao banheiro, tomei
banho, fui pro closet e me troquei, coloquei uma legging preta, uma t-shirt
branca e um tênis e deixei meu cabelo solto. Arrumei minha bolsa e desci, fui
pra cozinha e minha mãe estava terminando de comer, dei um beijo nela.
Bom dia minha filha linda. – ela sorriu.
Bom dia minha mãe maravilhosa. – sorri.
Dormiu bem? – ela disse cortando um pedaço de bolo.
Sim e você? – disse me sentando numa cadeira ao lado da
dela.
Dormi. Vai sair? – ela disse olhando minha roupa.
Vou, eu vou com a Fernanda na escola do Justin e do Ryan e
depois eu vou no treino da Nanda com o Tom. – disse mexendo no cabelo.
Toma cuidado lá. - ele disse terminando de comer. – Eu vou
dar uma saidinha com uma amiga, vou chegar tarde. Mas eu quero você em casa
cedo, ta bom? – ele disse se levantando e colocando o copo na pia. – A
Elisabeth vai vim aqui em casa hoje limpar. – ela disse arrumando a mesa.
Que horas? Ela vai ficar sozinha então. – disse ajudando ela
arrumar a mesa. – Ou você liga pra ela e fala pra ela vim outro dia que alguém
esteja em casa.
Vou ver o que eu faço. – ela disse encostando no balcão.
Ta bom. – disse indo pro porão e pegando duas bolsas de
sangue. Abri uma e comecei a tomar e a outra guardei na bolsa. Minha mãe me olho
quando entrei na cozinha com a bolsa de sangue na boca tomando, ela não
aceitava ainda.
Eu já vou indo, não se esquece de estar em casa cedo, nada
de ficar ate tarde na rua e cuidado nesse treinamento. – ela caminho na minha
direção, me deu um beijo na testa.
Tabom, cuidado você também, na hora de vim embora de noite
dirigindo. – dei um beijo nela.
Eu te amo filha.- ela sorriu.
Eu também te amo mãe. – sorri e ela saiu de casa.
Olhei pro relógio e faltavam 5min pra 12hrs. Terminei de
tomar o sangue e joguei fora o saquinho. Peguei a chave do carro, fechei a casa
e fui pra casa da Fernanda, buzinei e em segundos ela saiu da casa dela.
Oi vadia. –ela disse entrando no carro, jogando a bolsa no
chão e colocando o cinto.
Oi vaca. – disse olhando o retrovisor vendo se vinha algum
carro.
Você para no Starbucks ta? – ela disse mexendo no celular.
Não tomou café? – disse prestando atenção no transito.
Não, não deu tempo. – bufei.
A gente vai se atrasar. Quero estar lá 12:30 em ponto
Fernanda.
Relaxa, e só você pisar fundo no acelerador.
Depois dou as multas pra você pagar.
E eu pago com que dinheiro depois caralho?
Vai na esquina de noite. – disse segurando a risada.
Vai se fuider Caroline e anda mais rápido então se não quer
se atrasar.
Conversamos durante o caminho, passamos no Starbucks.
Agora vou meter marcha, falta cinco minutos pro portão
abrir. – disse saindo do drive-thru
Mas eu estou comendo. – Fernanda disse colocando o copo
perto do freio de mão naqueles lugares onde coloca o copo.
Dá seu jeito. – disse pisando
fundo no acelerador depois do farol
abrir.
Continua...